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Porto do Açu e GNA anunciam investimentos de R$ 6 bilhões em infraestrutura e energia

O Porto do Açu e a Gás Natural Açu (GNA) anunciaram nesta segunda-feira (31/01) a realização de R$ 6 bilhões de investimentos em infraestrutura e energia no Porto do Açu, localizado na região norte do Rio de Janeiro. O evento contou com a presença do Presidente da República, Jair Bolsonaro, do Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e do Ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, senadores e deputados pelo Rio de Janeiro e diretores de agências reguladoras. O Governador do Estado do Rio, Claudio Castro, também participou da cerimônia acompanhado de sua equipe de secretários e dos prefeitos de Campos, Wladimir Garotinho, e de São João da Barra, Carla Machado. A comitiva foi recebida pelo CEO do Porto do Açu, José Firmo, e pelo CEO da GNA, Bernardo Perseke.

 

Os investimentos incluem obras de ampliação dos acessos rodoviários ao porto, a construção de um ramal ferroviário e o lançamento da pedra fundamental da UTE GNA II, oficializando o início das obras da maior usina a gás natural do Brasil, com 1.673 MW.

 

As obras para ampliação dos acessos rodoviários ao Porto do Açu integram o Pacto RJ, pacote de investimentos em infraestrutura lançado pelo Governo do Estado do Rio. Como parte do acordo de cooperação técnica firmado entre o Porto do Açu e o Departamento Estadual de Estradas e Rodagem (DER/RJ), o CEO do Porto do Açu fez a entrega dos estudos técnicos de engenharia necessários para a licitação das obras, orçadas em R$ 396 milhões. A ampliação dos acessos rodoviários é fundamental face à relevância estratégica das operações do porto para vários setores chaves da economia brasileira, e diante das projeções de crescimento do empreendimento nos próximos anos. A ampliação das vias terá ainda impacto positivo na redução do tráfego em áreas urbanas, na segurança viária e na melhoria do escoamento da produção local.

 

Outro marco do evento foi a cerimônia de assinatura do contrato de autorização ferroviária entre o Ministério da Infraestrutura e o Porto do Açu, que formalizou a primeira autorização privada para construção de ferrovia do Estado do Rio de Janeiro, e primeiro projeto fluminense incluído no Programa Pro Trilhos, do Ministério da Infraestrutura. Corresponde a investimentos de R$ 610 milhões para construção do trecho de 41 km de extensão conectando os terminais do Porto Açu ao ramal principal da ferrovia que interligará a região Norte Fluminense à malha ferroviária nacional.

 

“A localização geográfica estratégica do Porto do Açu, próximo às bacias offshore de Campos e Santos, área de ocorrência predominante dos campos produtores do Pré-Sal, fez do porto um local estratégico de apoio logístico para as plataformas marítimas. A ampliação dos acessos rodoviários permitirá que o crescimento da movimentação de cargas ocorra de forma sustentável, com maior segurança viária, além de facilitar o escoamento da produção local.  Em relação à ferrovia, estudos indicam potencial de escoamento de 16 milhões de toneladas, sendo 8 milhões de toneladas de grãos. Esses números indicam o potencial adicional de contribuição do Porto a setores estratégicos da economia nacional, inclusive o agronegócio, e a enorme oportunidade de desenvolvimento industrial a partir desses investimentos”, projeta José Firmo, CEO do Porto do Açu.

 

Também durante o evento, a Gás Natural Açu (GNA) lançou a Pedra Fundamental da UTE GNA II. Com investimentos de mais de R$ 5 bilhões, a UTE GNA II será a maior e mais eficiente usina a gás natural do País. Seus 1.673 MW equivalem a 10% de toda a capacidade da geração a gás disponível hoje no Sistema Interligado Nacional (SIN) e garantem o abastecimento de 8 milhões de residências.

 

A usina irá operar em ciclo combinado, o que garante menor custo, menor intensidade de emissão e maior eficiência energética, se comparado às usinas termelétricas em operação. Além disso, durante a operação a UTE GNA II utilizará água do mar, reforçando o compromisso da GNA com a utilização racional dos recursos hídricos.

 

Para viabilizar a implantação da usina, a GNA e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinaram em 2021 um contrato de financiamento no valor de R$ R$ 3,93 bilhões.

 

“Celebramos hoje oficialmente o início das obras da UTE GNA II. Um grande passo para a consolidação do nosso parque de geração a gás, o maior da América Latina. Um empreendimento estruturante para o país e que vai gerar milhares de empregos, trazendo ainda mais segurança e resiliência ao setor elétrico. Agradecemos a confiança de nossos colaboradores, acionistas, empresas responsáveis pela construção, financiadores, bem como o apoio dos órgãos reguladores e institucionais, nas esferas Federal, Estadual e Municipal, que entendem a importância da GNA como um vetor de crescimento do mercado de gás e energia para o país”, comentou Bernardo Perseke, CEO da GNA.

 

O executivo acrescentou que a GNA está investindo no desenvolvimento da infraestrutura para impulsionar o mercado de gás e energia, seguindo o novo marco regulatório. “Acreditamos no potencial do gás natural no contexto de transição energética e queremos ir além, ampliando o acesso ao combustível para indústrias e agentes não conectados à malha de gasodutos. Com a ferrovia estudamos viabilizar gás mais acessível para as indústrias, e levar o GNL recebido pelo Terminal da GNA no Porto do Açu para os estados de Minas Gerais e Espírito Santo e, possivelmente, até o Centro Oeste”, completou.

 

A UTE GNA II integra o maior parque termelétrico a gás natural da América Latina, com 3 GW de capacidade instalada, suficiente para fornecer energia para 14 milhões de residências. A primeira usina, a UTE GNA I, com 1.338 MW, iniciou operação comercial em setembro do ano passado e está gerando energia segura e confiável para o país. A companhia possui, ainda, 3,4 GW de capacidade instalada licenciada, o que permitirá, em um futuro próximo, a expansão do parque termelétrico para chegar a 6,4 GW.

 

Para abastecer as usinas, está em operação o Terminal de GNL da GNA, o primeiro de uso privado do Brasil, onde está atracada a FSRU BW MAGNA, embarcação com capacidade para armazenar e regaseificar até 28 milhões de m3 de gás por dia. Esse volume é superior às necessidades de consumo do parque termelétrico, o que possibilita novas oportunidades de negócios a partir do gás natural. Os planos de expansão contemplam, além do escoamento de gás via ferrovia, a construção de gasodutos terrestres, integrando o Porto do Açu a malha de gasodutos e uma unidade de processamento de gás natural, ambos os projetos em fase de licenciamento.

 

Sobre o Porto do Açu

O Porto do Açu é o maior complexo porto-indústria de águas profundas da América Latina. Em operação desde 2014, o Porto do Açu é administrado pela Porto do Açu Operações, uma parceria entre a Prumo Logística e a Port of Antwerp International, uma subsidiária da Antwerp Port Authorit. Único porto totalmente privado do país, é resultado de investimentos que somam R$ 20 bilhões e prevê investimentos de mais R$ 22 bilhões nos próximos dez anos. Possui o terceiro maior terminal de minério de ferro do Brasil, é responsável por 30% das exportações brasileiras de petróleo, ergue o maior parque térmico da América Latina e abriga a maior base de apoio offshore do mundo. Ao todo já são 17 empresas já instaladas e entre clientes e parceiros, sendo várias delas companhias de classe mundial. O Porto do Açu é um porto jovem e com foco em crescimento sustentável. Os próximos passos contemplam expandir as atividades de minério, petróleo e gás, acelerar a industrialização e avançar com projetos de energia renováveis.

 

Sobre a GNA

A GNA – Gás Natural Açu é uma joint venture formada pela bp, Siemens, SPIC Brasil e pela Prumo Logística, controlada pelo EIG Global Energy, é uma empresa dedicada ao desenvolvimento, implantação e operação de projetos estruturantes e sustentáveis de gás natural e energia. A empresa constrói no Porto do Açu (RJ) o maior parque termelétrico a gás natural da América Latina.  O projeto compreende a implantação de duas térmicas movidas a gás natural (GNA I e GNA II) que, em conjunto, alcançarão 3 GW de capacidade instalada. Juntas, as duas térmicas irão gerar energia suficiente para atender cerca de 14 milhões de residências. Além das térmicas, o projeto compreende um Terminal de Regaseificação de GNL (Gás Natural Liquefeito) de 28 milhões de metros cúbicos/dia. Os projetos contam com financiamento do BNDES.