Meio Ambiente
e Clima

Desenvolvemos nossos negócios com responsabilidade, focando no desempenho ambiental de alta performance, garantindo a conformidade legal e o gerenciamento adequado dos aspectos e riscos ambientais.

Atuamos na busca por sinergias e na disseminação de boas práticas ambientais entre as demais empresas instaladas no porto, e junto a seus fornecedores, clientes e parceiros de negócios. Estas ações também são ampliadas por meio do desenvolvimento de convênios e parcerias¹ com outras instituições.

Por meio da RPPN Caruara, também atuamos na conservação da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos da região, e desenvolvemos ações de conservação das tartarugas marinhas, com atividades de monitoramento e educação ambiental e na implantação de medidas de controles operacionais que previnam e minimizem o risco de interação acidental.

Gestão ambiental

Nossa gestão ambiental é baseada no mapeamento de aspectos e riscos ambientais por meio de avaliações e estudos técnicos, e orientada por normas e procedimentos alinhados à nossa Política de Sustentabilidade.
Desde 2019 fazemos parte da Rede Ecoports e em 2021 recebemos a Certificação Ecoports, única certificação de gestão ambiental específica para o setor portuário e que nos conecta com uma rede global, focada em boas práticas ambientais.

Licenciamento ambiental

Nossas operações são licenciadas pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que realiza o acompanhamento do atendimento das condicionantes das licenças por meio de inspeções periódicas e análise dos relatórios de acompanhamento. As operações do T-Mult são licenciadas por meio da LO IN034002 e seus respectivos documentos de averbação, AVB003515 e AVB0004438.

Gestão de requisitos legais

Buscamos a adoção de medidas efetivas de controle e mitigação, monitoradas por inspeções rotineiras e ciclos de auditorias anuais internas e externas, ancoradas em um robusto processo de Gestão de Requisitos Legais e Auditorias Ambientais.

Nesse sentido, realizamos o mapeamento da legislação e do nível de atendimento aos requisitos regulatórios por meio do Sistema CAL4.0, desenvolvido pela empresa IUS Natura.

Controles ambientais

Dentre os aspectos ambientais gerenciados, destacam-se a geração de resíduos sólidos e efluentes, as emissões atmosféricas e o consumo de recursos hídricos e de energia. Nas atividades de administração portuária, a companhia é responsável pela gestão das operações de dragagem realizadas no Terminal 2 e, portanto, pela garantia do atendimento aos requisitos legais aplicáveis, requisitos de licenciamento e melhores práticas ambientais disponíveis.

Gestão Ambiental das Dragagens

As dragagens² são atividades essenciais para a manutenção e garantia da navegabilidade dos canais portuários e a segura operação dos terminais. Por sua complexidade, requerem processos robustos de gestão e operação para garantir que os impactos e riscos sejam devidamente controlados.

No Açu, as dragagens são realizadas em conformidade com nossas licenças ambientais e às normas ambientais aplicáveis, levando em consideração orientações do órgão ambiental licenciador, órgãos consultivos e intervenientes e de consultorias ambientais especializadas. Pela nossa localização geográfica, estamos inseridos em área de reprodução das tartarugas marinhas cabeçudas (espécie Caretta caretta). Assim, a realização das dragagens possui um desafio singular relacionado às medidas de proteção destes animais. Definimos o Protocolo Padrão para Dragagens de Manutenção, o qual detalha essas medidas.

  • Proteção das Tartarugas Marinhas: Observadores de Bordo; definição de limites operacionais; adaptações dos equipamentos de dragagem; monitoramento de praia; e resgate de animais feridos para reabilitação
  • Controle da Fotopoluição
  • Monitoramento Marinho e área despejo marinho: qualidade da água, biota e sedimento
  • Gestão de resíduos sólidos e efluentes líquidos
  • Gestão de emergências
  • Controle de Emissões Atmosféricas e Ruído
  • Comunicação Social
  • Educação Ambiental

Monitoramentos e índices de qualidade ambiental

Realizamos o monitoramento ambiental em atendimento aos processos de licenciamento ambiental e à legislação aplicável, em linha com as boas práticas da indústria portuária, aprimorando-o permanentemente.

Por meio de uma rede robusta de monitoramento de recursos hídricos continentais e marinhos, qualidade do ar, emissões sonoras e fauna, acompanhamos a qualidade ambiental do porto e seu entorno, formando uma base de dados desde o período de pré-implantação do empreendimento.

  • Qualidade da Água Marinha, Sedimentos, Biota e Bioindicadores
  • Qualidade da Água Subterrânea
  • Qualidade dos recursos hídricos continentais: lagoas de Iquipari, Veiga e Salgada e Canal Quintingute)
  • Espécies Exóticas
  • Morfodinâmica Praial
  • Qualidade do Ar
  • Emissões sonoras
  • Gestão dos Efluentes Líquidos

Com base no histórico de dados gerados pelos monitoramentos, iniciamos o desenvolvimento de índices de qualidade ambiental para o entorno do Porto do Açu. Estes índices visam permitir a análise integrada dos dados, facilitando o reporte, a gestão e a tomada de decisão, visando a garantia da manutenção da qualidade ambiental.

Monitoramento das condições meteorológicas e oceanográficas

O Porto do Açu conta com um amplo sistema de monitoramento de dados meteoceanográficos, classificado como um dos mais modernos e completos entre os portos nacionais, composto por 09 estações de medição de altura e período de ondas, direção e velocidade de correntes, direção e velocidade de vento, visibilidade e amplitude de maré, precipitações. Esses dados são disponibilizados on-line para o Centro VTS Porto do Açu, responsável pelo Gerenciamento do Tráfego Marítimo, para os Navegantes em manobra, para a Autoridade Marítima, além de poderem ser integrados com sistemas de monitoramento e gestão. O histórico dessas informações também está disponível para estudos de dimensionamento do tráfego marítimo, estudos de sedimentação e projetos de desenvolvimento portuário.

Além disso o Porto do Açu conta com um dos mais modernos sistemas de previsão meteoceanográfica para um porto, desenvolvido especificamente com foco em operações marítimas e portuárias, com previsões locais e hiperlocais, permitindo análise de condições e riscos operacionais para cada terminal e tipo de manobra específico. O sistema permite ter uma visão de 08 dias de previsão.

Os mesmos podem ser acessados através de login individual em: https://sigma.slicoastal.com/main/overviews/VTS e https://i4cast.i4sea.com/forecast-charts.

Educação ambiental

Alinhadas aos processos de licenciamento do Açu, as atividades de educação ambiental são realizadas desde 2012 e cumprem importante papel junto à comunidade local, pelo desenvolvimento de ações relacionadas à agenda socioambiental da região.

Mobilizamos atores locais e realizamos diferentes parceiras institucionais com Secretarias Municipais de Educação e Meio Ambiente, Universidades, Grupos de Escoteiros e ONGs.

Biodiversidade

O Porto do Açu está situado em área com predominância do ecossistema de restinga, Bioma Mata Atlântica, na Região Hidrográfica do Baixo Paraíba do Sul, que tem como principais corpos hídricos o rio Paraíba do Sul e as lagoas de Iquipari, do Açu, Salgada, da Veiga e de Grussaí. A região do entorno também é um considerada um hot spot de reprodução das tartarugas marinhas e área prioritária para conservação destas espécies, em especial, da Caretta caretta.


Reconhecemos a importância da conservação da biodiversidade local em consonância com o desenvolvimento sustentável de nossas atividades. Em linha com este contexto, vamos além dos programas de monitoramento ambiental tradicionais e concentramos esforços em dois principais pilares de atuação: (i). Conservação do ecossistema de restinga, por meio das ações da RPPN Caruara, unidade de conservação que criamos de forma voluntária em 2012 e, (ii) Conservação das tartarugas marinhas, espécies-chave na região.

Reserva Particular do Patrimônio Natural Caruara (RPPN Caruara)

Nosso maior ativo ambiental e maior unidade de conservação privada do país dedicada ao ecossistema de restinga, a RPPN Caruaru foi criada de forma voluntária em 2012. Localizada nas adjacências do Distrito Industrial, engloba 4.000 hectares de área de proteção de restinga e abriga porções de ambientes lacustres e áreas alagáveis.

A reserva mantém o único viveiro de mudas brasileiro dedicado ao ecossistema de restinga, desenvolvendo o manejo de 75 espécies próprias desse ambiente.

Com o objetivo de fomentar as ações de conservação da biodiversidade por meio da RPPN Caruara, elaboramos em parceria com outras instituições um cuidadoso Plano de Manejo (1 e 2)para normatizar os usos pretendidos na unidade de conservação. Com base nas diretrizes deste plano, implementamos programas de recomposição florestal e monitoramento de fauna e flora e elaboramos a Agenda 2030 da Caruara pautada em três pilares: visitação turística, serviços ambientais e educação e pesquisa científica.

Em 2021, construímos a infraestrutura da nova Sede da RPPN Caruara, o que nos possibilitará dar continuidade à implementação da Agenda 2030 e fomentar o fortalecimento da cadeia de desenvolvimento sustentável na região.

A Reserva em números:

4.000 hectares de áreas protegidas

Espécies catalogadas:

Flora: 292
Fauna: 563

Pesquisas Desenvolvidas: 34
Espécies produzidas no viveiro de mudas: 75

Materiais:

Programa de Monitoramento das Tartarugas Marinhas (PMTM)

Criado em 2008, conforme condicionantes dos processos de licenciamento ambiental do porto, o Programa de Monitoramento de Tartarugas Marinhas (PMTM) busca integrar o desenvolvimento do Açu em alinhamento à conservação das tartarugas marinhas através de ações de educação ambiental, engajamento com comunidade, monitoramento e geração de conhecimento científico.

O PMTM atende a diretrizes técnicas do Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio) – Tamar e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e contempla o monitoramento diário de 62 quilômetros de praia – desde o pontal de Atafona, em São João da Barra, até a Barra do Furado, em Campos. Já durante o período reprodutivo (entre outubro e março), os ninhos são localizados e identificados, com acompanhamento até o nascimento dos filhotes. O cuidado com as tartarugas marinhas está expresso ainda na manutenção de uma base veterinária com centro de reabilitação para tratamento e recuperação.

Em 2021, o PMTM completou 13 anos e sua contribuição para o conhecimento científico sobre espécies de tartarugas na região foi ampliado, por meio da parceria firmada com a Fundação Tamar/ ICMBio.

Principais marcos4

1, 02 milhão de filhotes liberados em ações de soltura
282 ninhos protegidos até a temporada 2020/2021
70 animais recuperados no centro de reabilitação
110 marcados para monitoramento

Mudanças Climáticas

Compreendemos a importância da incorporação integral dos riscos e oportunidades das mudanças climáticas no desenvolvimento dos nossos negócios e em 2021 demos continuidade aos estudos e diagnósticos voltados para esta agenda com foco em 3 pilares: mitigação e compensação, adaptação e oportunidades.

Buscamos compreender nossas emissões diretas e indiretas e influenciar nossa cadeia de valor, sempre que possível. Desde 2016, elaboramos anualmente inventário de Gases do Efeito Estufa (GEE), de acordo com as diretrizes do Programa Brasileiro GHG Protocol, abrangendo todas as nossas operações e considerando os escopos 1, 2 e 3. Com o estudo, buscamos quantificar e conhecer nosso perfil de emissões, com vistas a incorporar o tema de forma integral aos nossos negócios e direcionar ações de mitigação e compensação relativas às mudanças do clima.

As mudanças do clima são consideradas em nossa estrutura de riscos corporativos e temos atenção aos riscos regulatórios, de transição e aos riscos físicos. O setor portuário é especialmente suscetível aos riscos físicos, considerando a localização de suas atividades nas zonas costeiras e, por isso, concluímos em 2021 o estudo de vulnerabilidade e ao longo de 2022 trabalharemos no Plano de Adaptação Climática.

As oportunidades advindas da transição energética são incluídas na nossa estratégia de desenvolvimento de negócios, materializada no Planejamento Estratégico. Nossa estratégia norteia o crescimento das operações do porto por meio do desenvolvimento de negócios de baixo carbono e do incentivo à sustentabilidade na cadeia global de logística portuária, visando consolidar o Açu como ponto de conexão à rápida expansão da descarbonização em todo o mundo.

Enviromental Ship Index (ESI)

Em janeiro de 2021, adotamos o Índice de Desempenho Ambiental – Enviromental Ship Index (ESI), projeto liderado pelo World Ports Sustainability Program (WPSP) e vinculado à Associação Internacional de Portos (IAPH), que classifica as embarcações que superam os padrões de emissão estabelecidos pela Organização Marítima Internacional (IMO, na sigla em inglês). Navios que performam acima dos padrões ambientais, incluindo os níveis de emissões de GEE, passam a ter acesso a tarifas portuárias diferenciadas. Com a iniciativa, passamos a integrar a lista de portos no mundo que adotaram o mecanismo de incentivo.

1. Para maiores informações, entre em contato conosco através do Fale com o Porto do Açu: 0800-729 0810

2. Consistem em atividades de escavação e remoção do solo, submersos em qualquer profundidade, podendo ser executados por tipos variados de equipamentos.

3. Refere-se a qualidade do efluente proveniente da rede de drenagem do Terminal Multicargas T-MULT após tratamento na Estação de Tratamento de Efluentes Industriais (ETEI), em operação pela Porto do Açu Operações.

4. Dados consolidados até outubro/2021